domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mapa de destinos

Muitas vezes nos prendemos a alguém por gostar daquela companhia e, inutil ou de modo muito egoísta, tentamos fazer com que a pessoa também se prenda a nós.

Nos esforçamos e acreditamos que aquilo é certo e nossa conduta é sim justificada por um sentimento de preocupação, de carinho, de amor - qualquer que seja a amplitude da expressão.

Eis que, para nossa surpresa a causa não traz o efeito desejado. E, não raras as vezes, você tem a sensação de que o mundo está ruindo, não há ar para respirar, o peito dói e as lágrimas inundam todo o seu ser.

Você simplesmente não aguenta mais chorar e, mesmo sabendo a razão de tudo isso, pede desculpas... quer pelo que fez, quer pelo que não fez.

Se redime de algo que não tem vínculo, arruma pretextos... Enfim, faz tudo errado novamente!
O resultado? Ora, você já sabe... você se decepciona um pouco mais consigo e com os que estão ao seu redor... a cabeça pesa e você não quer mais pensar nisso, mas também não está aberta para outros caminhos.

E a ironia disso tudo é que enquanto você está se matando para agradar alguém, há tantas outras pessoas se preocupando com você e sofrendo reflexamente por você ainda estar assim ou com quem está.

Claro que tudo tem suas vertentes e pode em um grau ou outro piorar.. Você pode simplesmente passar por tudo isso e nunca ter tido nada com a pessoa... ou pode ter tido algo, isso morrido (ou ter sido assassinado) e só você estar confusa... assim como você pode estar naquela zona cinzenta entre a amizade e um relacionamento amoroso e nunca nada ficar claro para ninguém. Mas o importante, é que você erra do mesmo jeito!

Já tive muitas cotas de erros, cotas de créditos, cotas de débitos, pontos de confiança, de desconfiança, de ilusão, de decepção, de autopiedade, de felicidade e de boas surpresas e eu assumo que nesse ponto, 90% das vezes erro.

Neste fim de semana, tal como os demais, tive minhas doses de tacapetadas (porque foi o mesmo que levar um golpe de tacape na cabeça) e as doses de boas notícias. E em uma simples conversa com uma das pessoas que definitivamente me conhece melhor que qualquer outra, cheguei à conclusão mais difícil de seguir, mas a mais certeira.

Não posso esperar que todos tenham a mesma atenção e sentimento que tenho por cada uma delas... muito menos culpá-las por fazerem algo que me magoam e, talvez nem notem. Mas também não tem razão para que me submeta à tristeza e dor que isso causa.

Então, hoje, me lanço ao desafio de deixar ficar aqueles que querem, permitir a volta daqueles que ainda podem assim fazer e deixar ir aqueles que devem ir.

O destino cuida de traçar o caminho de cada um. A mim, me resta agradecer pelos que passaram, pelos que ficam e torcer para que aqueles que foram, um dia possam voltar.
A vida já tem sido tão dura. Não poderia ter só um tempo relativo de tranquilidade?

Tem dias que a vontade é de simplesmente deixar o tempo passar
Desistir de fazer algo, de ser alguém, de ser melhor
Em quanto tempo a coragem perde para a dor?
Há quanto assaltos a vontade vem ganhando por um ponto?
Até quando o sorriso, mesmo falso, se sustenta?

E mais triste ainda é saber que isso não fará a menor diferença
Que só eu vou sentir, só eu vou desistir e só eu vou chorar
E que não consigo mais aguentar por muito tempo

E, no fim, tudo será sempre em vão...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

No more tears?

Estou realmente cansada de chorar
por alguém que nunca entendo,
por alguém que nunca está disponível
por alguém que nunca conta a verdade diretamente

Um dia, talvez, tenha me feito sorrir
E pensar que as coisas fossem mais fáceis

Mas depois a decepção... o reatar, o sumiço, a dor
Nesse meio tempo tudo aconteceu...
pessoas que se foram, empregos que se mudam
estilos de vida que se adaptam

Não sei quem é mais egoísta ou se ambos são igualmente egoístas
Mas enquanto uns carregam um sorriso no rosto
e vivem tranquilidade
em um minuto são capazes de tirar o sono alheio
destruir corações, conturbar caminhos


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Às vezes o mundo sai do eixo
as pessoas mudam, algumas caem, outras sobem
Nos degraus da vida, evolução não é sinônimo de melhora
e amadurecimento não significa sabedoria

Alguns atos, simplesmente ocorrem,
algumas dores, simplesmente curam
e algumas cicatrizes simplesmente se mantém...

Rota é apenas o caminho
o destino, trilhamos sem nos ater aos traços

O caminho muda, ou nós mudamos no caminho?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Hino do egoísmo

Para cada lágrima há um sorriso que compense
Para cada dor, um momento de prazer
Cada grito, um modo carinhoso de perder a voz

Eu não quero uma vida de desculpas
Muito menos de compensações
O amanhã não compensa o hoje
e o logo mais não compensa o agora

Eu quero, isso sim, uma vida de plena satisfação

Não quero mais iludir a mim ou outros
nem ser iludida por condutas amistosas
Não quero prender ninguém enquanto me livro de meus preconceitos
ou me afirmo em pensamentos
Pensei que poderia apenas deixar passar
E que a indiferença era o pior que poderia te dar
Mas estava enganada... o dó é mais pesaroso
o único problema é que também dói em mim