segunda-feira, 28 de março de 2011

Esses versos tem marco específico, mas ainda se mantêm pela saudade que persiste.




Mais uma página virada em minha vida
e um livro em branco para escrever...
Hoje, mais uma tarde se foi, perdida,
vagando o tempo entre os curtos períodos de solidão...

Às vezes, sozinha, me surpreendo com velhos costumes
Os mesmos que obtive ao seu lado.

Ainda posso ouvir o som dos teus passos
e espero, toda manhã, sentir teu perfume enquanto acordo
A lembrança do doce caminhar em minha direção
não se apagou...e eu não superei sua ausência

Um amor sem tamanho, hoje firmado em lembranças
fortalecido pela saudade e abrandado pelo conformismo
Uma marca que uma vida jamais apagará...
Um local seguro onde o vento não sopra e espalha as cinzas.

domingo, 20 de março de 2011

Mais uma das antigas... encontrei o poema em um caderno da quinta série, o que me faz lembrar como o tempo passa e como a percepção era intensa.



Tantos versos tentando explicar um sentimento
Tantos poemas tentando narrar uma vida
Tantas palavras tentando entender o presente
E tantas lágrimas marcadas por o que se entendia do amor...
Um velho amor!

Se tanto tempo não fosse perdido em brigas e discussões
estaríamos juntos?
Se em tantas ocasiões não houvesse o ciúme,
confiaria mais em mim?
Este sentimento que alimenta minhas veias
é o mesmo que pulsa em teu corpo?

Será que em um futuro breve - ou distante - seríamos apenas dois amantes do passado?
Será que nossos atuais erros seriam perdoados?
Será que nossos medos seeriam superados?
Nosso destino seria, então, distinto?

Tantos versos, tantos poemas...
tantas palavras e lágrimas...
Únicas testemunhas e cúmplices de um cego amor...
Tantas perguntas e nenhuma resposta...

domingo, 13 de março de 2011

Who'll Stop The Rain

Long as I remember
The rain been comin' down
Clouds of mystery pourin'
Confusion on the ground
Good men through the ages,
Tryin' to find the sun
And I wonder, still I wonder,
Who'll stop the rain

I went down Virginia,
Seekin' shelter from the storm
Caught up in the fable,
I watched the tower grow
Five year plans and new deals,
Wrapped in golden chains
And I wonder, still I wonder
Who'll stop the rain

Heard the singers playin',
How we cheered for more
The crowd had rushed together,
Tryin' to keep warm
Still the rain kept pourin',
Fallin' on my ears
And I wonder, still I wonder
Who'll stop the rain

segunda-feira, 7 de março de 2011

Confissão de um coração partido

Ainda não superei o luto porque não o vivi... Quis prorrogar a sensação, argumentar com a razão, iludir o presente com um passado que eu mesma criei.

Eu confesso que me envolvi demais, abri mais a alma do que deveria e te deixei entrar de mansinho no coração. Mesmo você avisando que as coisas eram complicadas e não deixando nada nunca claro o suficiente.

Ansiosa que sou, projetei em você uma personalidade diferente da sua. Tem defeitos, qualidades, pontos fortes, pontos fracos como todos, mas diversa... Cobrei além do que poderia me dar e fundada em falsos preceitos que tanto um quanto outro alimentaram... eu com a venda que criei para te ver de forma diferente e você com os atos incompatíveis com uma simples amizade.

E no final, só sinto dor.... dor de perder uma pessoa que conheci, uma que não conheci, mas imaginei e dor por saber que não quero mais passar por isso e que vou desistir ao longo do tempo.

Sempre ficava triste por ter que deixar as pessoas irem e cairem no meu esquecimento. Hoje, a lágrima não cai por saber que uma hora ou outra isso vai acontecer comigo, mas por sentir que efetivamente a recusa vem do outro lado...

E isso tudo, coincidentemente ou não, depois de uma simples pergunta.... Que vem se definindo por omissão e era a última coisa que que queria que acontecesse, principalmente pelo posicionamento adotado anteriormente.

Dói e dói mais ver que nada, nunca, mudou... só eu que quis ver diferente e por trás de um véu.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Oração poética

Deus, que um dia resolveu criar tudo e a todos
Traçaste o destino e nos deste livre arbítrio
Criou barreiras, as quais quebramos e necessitaram da vida de seu filho para amenizar
Desarmou exércitos e foi utilizado por outros como estandarte
Trouxe o dom da palavra e da compaixão
Aclareou a mente e o coração dos aflitos
Ouve-me agora e, sem intermédios, atenda meu pedido
Caminhei por trechos obscuros e deixei-me desvirtuar em alguns momentos
Atravessei da in à disciplina e retornei ao caos
Cansei da vida e tracei planos independentes de sua vontade e de seus sinais
Reconhecendo meus erros, pedi perdão e alterei minha conduta
Com a alma lavada em lágrimas, pedi aos anjos que me protegessem
Agradeci a cada novo dia de recomeço, vendo as marcas de uma tentativa de término
Mas o lampejo de felicidade ainda é remoto, quando existente
Então, meu Deus, peço-te visão, para reconhecê-la;
paciência, para aguardá-la;
coragem, para lutar por ela;
confiança, para não desistir;
reciprocidade, para não desfalecer o desejo.

Amém

Fim do dia

E mais um dia se foi, e a dor morreu no peito
A noite cai e lentamente leva com ela o sorriso
Da pouca esperança que a espera me proporcionou

A cada toque, som, impressão,
o coração se alarma, dispara e emudece
Outro engano

Seria eu, então, causadora do meu próprio engano?
Ou seria você o motivo de tanta ilusão?

Ninguém sabe o caminho que trilha,
muito menos o local onde os passos vão nos levar.
Mas a paciência em sincronizar tudo é uma virtude
Que não sei se a temos em quantidade suficiente...

Otimista, quero acreditar que sim...

Mas a dor pesa e não há voz que a afague,
não há fuga para a deixar ir,
não há esconderijo que a aprisione
nem resposta que a liberte...

Vou dormir, e levo-te em meu pensamento.
E rezo, àquilo que um dia acreditei, para que os passos sejam guiados
Que nossas rotas sejam iluminadas, sendo o "Amém" o último grito de socorro