segunda-feira, 7 de março de 2011

Confissão de um coração partido

Ainda não superei o luto porque não o vivi... Quis prorrogar a sensação, argumentar com a razão, iludir o presente com um passado que eu mesma criei.

Eu confesso que me envolvi demais, abri mais a alma do que deveria e te deixei entrar de mansinho no coração. Mesmo você avisando que as coisas eram complicadas e não deixando nada nunca claro o suficiente.

Ansiosa que sou, projetei em você uma personalidade diferente da sua. Tem defeitos, qualidades, pontos fortes, pontos fracos como todos, mas diversa... Cobrei além do que poderia me dar e fundada em falsos preceitos que tanto um quanto outro alimentaram... eu com a venda que criei para te ver de forma diferente e você com os atos incompatíveis com uma simples amizade.

E no final, só sinto dor.... dor de perder uma pessoa que conheci, uma que não conheci, mas imaginei e dor por saber que não quero mais passar por isso e que vou desistir ao longo do tempo.

Sempre ficava triste por ter que deixar as pessoas irem e cairem no meu esquecimento. Hoje, a lágrima não cai por saber que uma hora ou outra isso vai acontecer comigo, mas por sentir que efetivamente a recusa vem do outro lado...

E isso tudo, coincidentemente ou não, depois de uma simples pergunta.... Que vem se definindo por omissão e era a última coisa que que queria que acontecesse, principalmente pelo posicionamento adotado anteriormente.

Dói e dói mais ver que nada, nunca, mudou... só eu que quis ver diferente e por trás de um véu.

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